quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ernani Pimentel: Acordo ortográfico tem diversas contradições

Durante a palestra A Nova Ortografia e o Acordo Ortográfico, o professor Ernani Pimentel declarou que há diversas contradições nas novas regras criadas

Enquanto ensinava a plateia que assistia à palestra A Nova Ortografia e O Acordo Ortográfico,o professor Ernani Pimentel mostrava os pontos que deixam o novo acordo difícil de ser entendido. "Há muitas regras com exceções que, ao invés de ajudar, atrapalham as pessoas na hora de escrever", afirmou ele.

Pimentel pesquisa e ensina a língua portuguesa há 47 anos. Ele ressaltou que o acordo muda apenas a grafia das palavras e em nada a fonética. "Tirar o trema é uma contradição. Pois influencia em como as palavras são lidas, faladas. Se retirado, como pede o acordo, a fomética mudaria, o que vai contra as regras daquilo que ficou decidido entre os oito países participantes".

Segundo Pimentel, há muitas regras que, por suas exceções, têm de ser decoradas. "O acordo foi pensando em 1975, mas hoje o mundo é outro, tudo é mais rápido, ninguém tem que ficar decorando coisas sem sentido, as pessoas não aceitam mais isso", afirmou.

Durante a palestra, Ernani esclareceu que até 2012 (ano previsto para que a nova grafia seja a única usada na língua portuguesa) nas redações de concursos públicos e vestibulares as palavras podem ser escritas de duas maneiras, ou seja, com a grafia até o acordo ser firmado e depois dele. "Se o edital pedir ou a questão alternativa mencionar que as novas regras sejam usadas, então o participante deverá fazê-lo, mas apenas nesses casos".

O professor é líder do movimento Acordar Melhor, que já tem mais de 12 mil assinaturas para que o Acordo Ortográfico seja revisto. Os interessados podem entrar no site www.acordarmelhor.com.br.

Para Ernani, é fundamental ter uma feira voltada à carreira pública para mostrar aos jovens essa opção de emprego. "Os mais novos precisam saber que é possível sair do Ensino Médio, se preparar por dois anos, passar em um concurso com um salário de, por exemplo, R$ 5 mil e começar a faculdade só depois disso. É uma boa opção válida".

sábado, 26 de junho de 2010

USP e Unicamp não usarão Enem em vestibulares

Unicamp, porém, não descarta usar a nota do exame nacional em um eventual programa de inclusão.
Motivo alegado pelas duas instituições é que a realização do exame só em novembro poderia atrasar seus calendários

FABIANA REWALD
PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO

Os vestibulares 2011 da Fuvest e da Unicamp não usarão o resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte da nota.
O motivo é que o exame será realizado muito tarde -em 6 e 7 de novembro-, portanto não haverá tempo hábil para que sua nota seja computada pelos organizadores.
Para que o resultado do exame nacional fosse aproveitado, a USP afirma que deveria receber as notas da parte objetiva até a segunda quinzena de novembro.
"Se o Enem ocorresse em outubro, nós o usaríamos", diz Renato Pedrosa, diretor-executivo da Comvest, comissão que organiza a prova da Unicamp.
A não utilização do Enem para compor parte da nota no vestibular, no entanto, não significa que o exame vá ser completamente descartado pela estadual de Campinas ou pela USP.
"Isso não quer dizer que abandonamos o Enem de vez", diz Quirino Augusto Carmello, pró-reitor-adjunto de graduação da USP.
Segundo Telma Zorn, pró-reitora de graduação da USP, o exame pode voltar a ser usado nos próximos anos. "Não é uma nova política", afirma ela, que assumiu o cargo neste ano.
No ano passado, o uso da nota do exame já havia deixado de ocorrer em razão do seu adiamento de outubro para dezembro, após o vazamento das questões.
Até então, o Enem era usado para compor 20% da nota da primeira fase, tanto na Fuvest como na Unicamp, caso o resultado do exame beneficiasse o vestibulando.
INCLUSÃO
Outro uso do Enem que está descartado na USP, assim como ocorreu no ano passado, é como fonte de bônus no Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP).
Pelo programa, o resultado do exame poderia representar um acréscimo de até 6% nas notas de candidatos que fizeram o ensino médio em escolas públicas do país.
Mas, sem ele, a bonificação passa a ser baseada na pontuação obtida pelo candidato na primeira fase da Fuvest. A fórmula, criada no ano passado, fica mantida.
A Unicamp acredita que ainda possa usar o Enem como parte de um eventual programa de inclusão para alunos de escolas públicas. No entanto, ainda não sabe como isso poderia ser feito.
No momento, os conselhos universitários da instituição ainda discutem a criação do programa.


Folha de S.Paulo, 26 jun. 2010.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Brasileiro vive futebol

          Brasileiro vive FUTEBOL 24 horas por dia. Aqui, discussão é BATE-BOLA. Se a garota passa e se insinua, Deu BOLA. Se o garoto chega pra conferir e ela sai fora, ele diz que deu na TRAVE. Mas, se nem vai conferir, é BOLA MUCHA. Se alguém não fala coisa com coisa, não BATE BEM DA BOLA. Se a menina tem irmão, ninguém chega, tem BEQUE NA AREA. Se alguém é bom de papo, é CRAQUE. Quando se dá bem, está COM A BOLA TODA, agora, se é chato, é o EMPATA. Se alguém quer saber se alguma coisa vai dá certo, pergunta: Vai dá JOGO?
Se a coisa não anda, fica no ZERO a ZERO. Mas, se tudo dá certo, é um GOLAÇO!!!
Entendeu porque o Brasil é, e sempre será o país do futebol?