domingo, 20 de dezembro de 2009

Feliz Natal à todos que fazem o Colégio Severino Marinheiro


Um enorme abraço e um feliz 2010 dos moderadores do blog do Severino Marinheiro Janaína, Ivoneide, Rafaela e Vilma.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

As tecnologias nos tornam menos inteligentes?, por João Luís de Almeida Machado


        Lançado recentemente nos Estados Unidos pelo professor Mark Bauerlein, da Universidade de Emory, em Atlanta, o livro “The Dumbest Generation: How The Digital Age stupefies young americans and jeopardizes our future” (A geração mais burra: Como a Era Digital torna mais estúpidos os jovens americanos e compromete nosso futuro, na tradução mais literal possível), coloca em xeque as conquistas do mundo virtual para o desenvolvimento intelectual das crianças e adolescentes nascidos após o advento e consolidação da rede mundial de computadores.

        Mas o que motiva o pesquisador a afirmar de forma tão categórica tal pensamento, estampado em letras garrafais no título de sua obra? De acordo com Bauerlein, o que se pode dizer é que:
“Em termos de inteligência pura, eles são tão espertos quanto sempre foram. Mas quando você vê o conhecimento deles de história, literatura, filosofia, eles são completamente ignorantes. Isso porque a maioria do tempo livre dessas crianças é gasto com ferramentas digitais que simplesmente repercutem umas as outras. Eles não leem jornais, eles mexem no Facebook. Eles não leem livros, eles mandam SMS. Isso tira deles o tempo que era destinado para a formação intelectual“.
         Em suma, o que auferimos é que o uso excessivo destas ferramentas pode realmente causar empecilhos ao pleno desenvolvimento destas novas gerações. Nos tempos atuais garotas e garotos são rápidos, antenados, multitarefas e, aparentemente, por conta igualmente de sua facilidade no uso da tecnologia, parecem muito espertos aos olhos de todos…
       Mas o acesso a informação rápida, do modo como ocorre na web, por exemplo, leva os usuários (em especial os mais novos) a apenas “bater os olhos” e passar pelos dados sem se interessar em saber com maior profundidade aquilo que está sendo ali apresentado (fatos, números, imagens, conjecturas, análises…). Lêem-se as manchetes apenas – o que, de certa forma explica a popularidade dos microblogs, como o Twitter. Com isto, não ocorre a leitura focada, atenta, crítica e capaz de gerar movimentos de busca por mais dados e informações complementares, o que suscitaria em tal pessoa, a capacidade de ampliar seus saberes e realizar a transformação destas informações em conhecimento…
      Conhecimento este que teria que ser ainda burilado a partir da partilha e debate das idéias e fatos percebidos, estudados e compreendidos, com outras pessoas – mesmo que através do mundo virtual, por exemplo, nas chamadas redes sociais. O que Bauerlein atesta é que, nas redes sociais (como o Facebook, por ele mencionado, e alguns de seus pares – Orkut, MySpace…) só há espaço para jogos, diversão, informação superficial (ou fútil mesmo), egotrips…
    O que fazer? Bauerlein fala da necessidade das famílias, especificamente dos pais, acompanharem mais de perto o uso das ferramentas do mundo virtual por seus filhos, estipulando limites e propondo alternâncias entre estas experiências na rede com aquelas do mundo real, como a interação direta com outras pessoas, a leitura, o esporte, a música, o teatro, o cinema…
    Concordo com ele, mas como educador incluiria a necessidade de um trabalho educacional que orientasse o olhar dos estudantes – não no sentido de limitá-lo, estipulando apenas por onde deve ir (navegar na web) – mas que tenha o objetivo de dar a esta nova geração o necessário foco, definindo um timing mais adequado para a interação com a informação, articulando a troca com outras pessoas na sala de aula, cambiando dados com o que está nos livros ou em outras fontes, realizando produções acerca daquilo que está sendo lido e estudado a partir da rede (e das outras bases culturais utilizadas)…
   Imaginar que esta nova geração, por si só será capaz de realizar esta alteração de rumo por conta própria, sem o auxílio dos pais e dos professores (entre outros), é pensar como possível colocá-los num avião ou num carro de corrida, para pilotá-lo, apenas a partir da experiência que possuem em simuladores de vôo ou games que reproduzem a Fórmula 1, os Stock Cars… Para que isto dê certo, a experiência de quem já voou ou dirigiu tais veículos é de essencial importância tanto quanto a gradual preparação para que, a partir do tempo certo, possam realmente acelerar…


Obs. Leia entrevista “Conectados, multitarefa, radicais, isolados e burros ” dada por Mark Bauerlein ao caderno Link, do Estado de São Paulo. Dê também uma olhada na reflexão “Computadores não melhoram a qualidade da educação” , analisando o pensamento de Nicholas Carr sobre o tema.


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* João Luís de Almeida machado é editor do Portal Planeta Educação; Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro “Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema” (Editora Intersubjetiva).

Fonte de informação: Planeta Educação

domingo, 6 de dezembro de 2009

Xecápi do cearense

O Seu Antônio, aproveitando a viagem a Fortaleza, foi ao médico fazer um 'xecápi'.
Pergunta o médico:
- Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos.
- E eu disse ter 40 anos?
- Quantos anos o senhor tem?
- Fiz 57 em maio que passou.
- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?
- E eu disse que meu pai morreu?
- Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?
- O véio tem 81.
- 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?
- E eu disse que ele morreu?
- Sinto muito. E quantos anos ele tem?
- 103, e anda de bicicleta até hoje.
- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?
- E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem.
- Agora já é demais! - Diz o médico revoltado. - Por que um homem de 124 anos iria querer casar?
- E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, ele engravidou a moça...



domingo, 15 de novembro de 2009

MENSAGEM CRIATIVA DE UMA ESCOLA DA CALIFÓRNIA





Esta é a mensagem que os professores de uma escola da Califórnia decidiram gravar na secretária eletrônica.

A escola cobra responsabilidade dos alunos e dos pais perante as faltas e trabalhos de casa e, por isso, ela e os professores estão sendo processados por pais que querem que seus filhos sejam aprovados mesmo com muitas faltas e sem fazer os trabalhos escolares.


Eis a mensagem gravada:
"Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções:


„ Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho - tecle 1.
„ Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa - tecle 2.
„ Para se queixar sobre o que nós fazemos - tecle 3.
„ Para insultar os professores - tecle 4.
„ Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho
ou em diversos documentos que lhe enviamos - tecle 5.
„ Se quiser que criemos o seu filho - tecle 6.
„ Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém - tecle 7.
„ Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano - tecle 8.
„ Para se queixar do transporte escolar - tecle 9.
„ Para se queixar da alimentação fornecida pela escola - tecle 0.
„ Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser
responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas
tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!"
“Essa negligência paterna e materna toma conta da sociedade...
na Califórnia, no Guajuviras ou em Juazeirinho...
É tudo igual....
A grande maioria dos pais de hoje em dia se comporta assim...todos devem ser responsáveis por seus filhos, menos eles...
o resultado já está aí, em nossas salas de aula e nas ruas...monstrinhos à solta...
que se tornarão monstrengos e sabe-se lá mais o quê...
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade???...
Que nada...sem limites nada funciona!”

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SER PROFESSOR...

Lembro exatamente daquele dia em que ganhei da minha mãe um quadro negro pequeno em boa madeira como presente pelos meus 10 anos de idade. Ela me disse que a partir dali eu não precisava mais estar escrevendo nas paredes e calçadas da minha casa, lugar que tanto amava e que lá brincava todos os dias de ser professora. Se para tantos e tantas ser professor ou professora é motivo de pesar para mim foi e continua sendo motivo de viver, de aprender, de compartilhar, de descobrir-se fazendo, repensando, de lutar por um mundo melhor, convicta de que a realidade tomada como conteúdo e como referência são desafios para os fortes, para os que não se curvam e nem se vendem abandonando aquilo que considera valor fundamental " Ser humano". Neste caminhar que não se finda, ora me apoio, ora me debato, ora me alegro, me politizo mais ainda e só há justificativa para tudo isso, quando continuo afirmando meu desejo contituído "SOU EDUCADORA DE UM NOVO TEMPO". Por tudo isso, para cada professor e professora que ergue com coragem a bandeira da efetiva luta pela educação competente e séria neste nosso país meus aplausos ecoam e pelas palavras do saudoso Freire desejo que neste dia 15 de outubro sejamos todos e todas um continente de braços que se abraçam pela luta nossa de cada dia. Aqui começa meu abraço...
Vilma Candido


"Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.
Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação,
contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.
Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a
miséria na fartura.
Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo.
Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela
some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não
luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo descuidado,
corre o risco de se amofinar e já não ser testemunho que deve ser de lutador
pertinaz, que cansa mas não desiste”.
Paulo Freire, mestre de todos nós.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O QUE DIZEM OS ALUNOS SOBRE BLOGS

A idéia de termos um blog na escola é muito legal. A experiência foi ótima, pois conhecemos um novo mundo e novas pessoas. Para nós, o blog não é só um progama de computador é uma atividade que ajuda no nosso dia a dia, em casa e na escola.
A internet facilita nosso conhecimento e ajuda em tudo que fazemos. Ficamos por dentro do que acontece na nossa cidade e no mundo.
Queremos apreder mais, utilizando o blog.
Jailson, Elias e Tiago (7º. Ano)
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A aula sobre blog na escola foi muito legal por que nenhuma das pessoas do meu grupo sabia usar o computador. Também foi importante porque pesquisamos sobre o hino nacional brasileiro e conhecemos outros blogs.
Felipe Batista, Dionelis e Gabriel  (7º. “F”)

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O blog é muito bom e interessante para se comunicar com os colegas, pesquisar sobre as tarefas da escola. Trabalhar com blog é mais interessante ainda porque é nele que a gente deposita as coisas mais importantes que acontecem na escola e na nossa vida. Continuamos gostando e queremos trabalhar mais ainda com o blog.
Felipe Xavier, Fábio Junior e Ernielson (7º. “F”)

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Achamos ótimo trabalhar no computador porque ele ensina muitas coisas. É muito legal aprender coisas novas e também praticar usando o computador que será importante no estudo e na carreira profissional. Gostamos porque também temos acesso a internet, ao orkut, a vários sites para pesquisar trabalhos.
O blog do colégio ficou bem legal!

Samara, Ricardo e Maiara (7º. ano)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

'PÁTRIA MADRASTA VIL'

Imperdível para amantes da Língua Portuguesa, e claro também para Professores. Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases.
Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ


'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

domingo, 27 de setembro de 2009

Ser Professor

Ser Professor é ser artista,
malabarista,
pintor, escultor, doutor,
musicólogo, psicólogo…
É ser mãe, pai, irmã e avô,
é ser palhaço, estilhaço,
espantalho, bagaço…
é ser ciência, paciência…
É ser informação,
é ser ação.
É ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser Sol.

Incompreendido?.... Muito
Defendido? Nunca.
O seu filho passou?
Claro, é um gênio.
Não passou?
O professor não ensinou.

Ser professor…
É um vício ou vocação?
É outra coisa…
É ter nas mãos o mundo de
Amanhã.
(autor desconhecido)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO

Quando…É jovem, não tem experiência.É velho, está superado.Não tem automóvel, é um coitado.Tem automóvel, chora de ‘barriga cheia’.Fala em voz alta, vive gritando.Fala em tom normal, ninguém escuta.Não falta às aulas, é um “Caxias”.Precisa faltar, é ‘turista’.Conversa com os outros professores, está “malhando” os alunos.Não conversa, é um desligado.Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.Dá pouca matéria, não prepara os alunos.Brinca com a turma, é metido a engraçado.Não brinca com a turma, é um chato.Chama à atenção, é um grosso.Não chama à atenção, não sabe se impor.A prova é longa, não dá tempo.A prova é curta, tira as chances do aluno.Escreve muito, não explica.Explica muito, o caderno não tem nada.Fala corretamente, ninguém entende.Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.Exige, é rude.Elogia, é debochado.O aluno é reprovado, é perseguição.O aluno é aprovado, ‘deu mole’.É, o professor está sempre errado mas, sevocê conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!”

Avesso do professor

Os professores que mais me marcaram foram exatamente aqueles que não foram bons professores, os mais incompetentes. Por aí pode-se ter uma medida da importância do professor, da delicadeza que é ensinar uma pessoa. Tive um de geografia, aos 11 anos, de quem eu jamais me esquecerei. Ele dava aulas como se estivesse fazendo uma conferência em uma faculdade. Começava dizendo "Hoje nós vamos falar do Brasil" e aí falava, falava e falava do Brasil. Depois dizia "Vamos falar da idade da Terra", e blábláblá, só falava. Passava a aula de uma hora falando. Não nos dava a menor atenção. Por pura intuição, comecei a anotar o que ele falava. Fiz praticamente um caderno de geografia, aliás, vários cadernos, com aquilo que ele falava. Ele falava, eu ia tomando nota. Quando chegou a primeira prova -- com 11 anos você não tem muita ideia do que está acontecendo -- ninguém sabia nada. A única pessoa que tinha a matéria dada era eu. Os outros alunos perguntavam para ele "Mas professor, como é que eu estudo isso?". E ele falava "Nos livros, nos livros". Resolvi passar os meus cadernos para que os outros também pudessem estudar. Só muitos anos depois foi que percebi que aquilo era uma maneira de dar aula muito mais adulta do que deveria ser para um menino de 11 anos. Outro tipo de professor que me marcou muito foi aquele que guarda o conhecimento como se fosse uma ciência oculta, que tem o poder porque sabe e você não sabe. É o professor que tem o gosto de não ensinar o aluno. Foi com esse tipo que, pela primeira vez, eu tomei consciência de que o conhecimento é poder, que a informação é poder, porque ele dominava a classe através disso. Parece um paradoxo, mas é quase como se ele dissesse "Eu não estou aqui para ensinar vocês", um recado totalmente errado, que ele nos passava inconscientemente. Graças a Deus, a grande maioria dos professores que eu tive se dedicavam ao ensino. Professores como o de história do Colégio São Bento, quando eu tinha 8 anos, o professor Mesquita, que dava suas aulas desenhando histórias em quadrinho no quadro negro. Ele entrava no teu mundo para te ensinar. E todos nós éramos ótimos em história.

Jô Soares

domingo, 6 de setembro de 2009

SÓ NORDESTINO ENTENDE...

Botão é pitoco
Se é miúdo é pixotinho.
Se é resto é cotoco
Tudo que é bom é massa
Tudo que é ruim é peba
Rir dos outros é mangar
Se é franzino é Xôxo
Se é bobo é leso
O medroso chama-se Frouxo
Se está estranho Ta Tronxo
Sem dinheiro é Liso
Pernilongo é muriçoca
Entrar sem licença é emburacar
Sinal de espanto é Vôte
Se está folgado tá Folote
Sujeira no olho é remela
Gente insistente é pegajosa
Agonia é Aperreio
Meleca se chama Catota
Gases se chamam bufa
Mau cheiro de suor é inhaca
Se está chateado é Lundun
Mancha de pancada é Roncha
Palhaçada é Munganga
Desarrumado é malamanhado
Pessoa triste é borocoxô
Passear é bater perna
Estouro se chama pipôco
Confusão é Rolo
Que coisa é Oxente
Negocio é Troço

E assim mesmo visse?
Eita troço arretado é ser nordestino.

domingo, 30 de agosto de 2009

A PARAÍBA FALA ASSIM


Segundo o dicionario wikepédia, regionalismo é o conjunto das particularidades linguísticas de uma determinada região geográfica, decorrentes da cultura lá existente.
Aqui no Brasil, devido ao fato de a povoação ter ocorrido em regiões distintas e distantes entre si (litoral nordestino, litoral fluminense e interior mineiro, por exemplo), o traço cultural de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do português, ao longo da história. Em outras palavras, em cada região brasileira a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isto incorporou diferentes formas de expressão, o que aos poucos deu origem a diferentes dialetos, diferentes modos de expressar ou representar uma mesma idéia ou história, um mesmo sentimento ou conceito. Na nossa Paraíba, não podia ser diferente e os diferentes falares são facilmente identificados. Vejamos algumas palavras do dicionário”paraibês”:

Marmota, incabulado, abuticado, empaxado, catráia, varei, peínha, iapôi, môi, pipôpo, brebote, malamanhado, mundiça, pabulage, penca, pastorar, puxavanco, troço, cipuada, arrochado, infitete, catabi, pamtimj, bigu, arripunar, peba, ôxi, isonô, goipada, istopô, arrombado, gôto, fulera, quenga, botico, bixiga, ruma, vôte, furnido, torar, mulesta, apurrinhar, túia, fiteiro, canguêro, inhaca, incréu, bigodete, frexêro, lascô, visse, incriquiado, caçote, magote, xingar, cangapé, pinico, arisia, cruzeta, inguiar, imburacar, ronceiro, disunerar, trepeça, chamboque, amuado, presepada, coió, intruado, guelar, poivar, tronxo, boiar, impaiá, gastura, bambo, ronceiro, distrenado, mangar, lezo, muido, ariado, ronxa, carrêgo, intratante, folote, azilado

Vilma Candido

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Hino Nacional: Impávida Exaltação


Em 2009 a composição da letra do Hino Nacional Brasileiro completará 100 anos. E para comemorar este marco tão importante da história nacional, o Colégio Municipal de Ensino Fundamental Severino Marinheiro, preocupado com a educação dos seus alunos, propõe um trabalho de conscientização da importância do 7 de setembro para o povo brasileiro e valorização no hino nacional. Para isso, mobilizou toda, a escola da educação infantil ao ensino fundamental e todos os seus funcionários, para resgatar esses valores que a muito anda perdido, planejando uma série de atividades comemorativas com o objetivo de celebrar, resgatar e divulgar este fato histórico.
O hino brasileiro é símbolo cívico que rendem um precioso estudo sobre como uma sociedade representa determinados fatos de sua história, de seu cotidiano ou de sua cultura.